O que é o Blog!

Cada um de nós observa o mundo diante de suas próprias perplexidades. E também de sua sensibilidade. O mundo me fascina e sou observadora cuidadosa e atenta. A poesia e a dor da realidade. A música e o silêncio que tanto servem para meditar como para ensurdecer os sentidos. Um pouco de mim, muito de todos nós, basta querer revelar, com enorme sutileza. Minhas leituras, meus sons, minhas impressões, tudo ofereço a vocês, se assim o quiserem. E tudo diante da soberania e da Graça de Deus!

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Sobre os ateus e suas insistências

Sobre os ateus e suas insistências

Posso estar errada, mas sou observadora atenta. Às vezes penso que algumas pessoas fazem a mais absoluta questão de se afirmarem descrentes da existência de Deus e de tudo, a fim de que se sintam livres do compromisso da misericórdia, do desapego ao ego, da solidariedade, do mais difícil exercício mandamental para os que Nele acreditam: amar ao próximo, especialmente aquele que irrita, contraria, se põe como obstáculo em seu caminho, que pensa tão diferente, tem outros valores e opções de vida, se torna seu inimigo, lhe revolta, tenta roubar a sua paz.
Já escrevi que cada um tem sua própria experiência do "grande encontro com Deus" e quem a teve não irá se comover com ironias ou até mesmo injúrias.  Faz parte da vida dos crédulos a tolerância mesmo quando a mesma parece impossível. São provas diárias, nada fáceis. A própria realidade nos testa a cada dia. Mas, assim como entendemos que os ateus têm o direito de o serem assim, por favor, não venham com delírios que ao contrário do que pretendem, só aumentam a nossa Fé!
Dody Fernández

Reproduzo abaixo, um dos melhores artigos que já li, do jornalista Ali Kamel, sobre Deus. Que grande exercício de síntese e reflexão!
DEUS
Ali Kamel - O Globo 27 de novembro de 2007.
Quando soube que o biólogo Richard Dawkins tinha escrito "Deus, um delírio", fiquei intrigado; então um cientista conseguiu a prova de que Deus não existe? Mas, na página 80, acontece o óbvio. Numa gradação de um a sete que vai da crença absoluta na existência de Deus até a certeza absoluta de que Deus não existe, Dawkins admite que está na sexta posição ("tendendo para a sétima"): "Probabilidade muito baixa [de que Deus exista], mas que não chega a ser zero. Ateu de facto. 'Não tenho como saber com certeza, mas acho que Deus é muito improvável e levo minha vida na predisposição de que ele não está lá."
Então por que o delírio do título? Devia ser "quase um delírio" ou "muito provavelmente um delírio".
O que leva um cientista com a reputação de um Dawkins a escrever um livro cuja natureza está fora do âmbito da ciência? Ora, a crença de que "a existência ou a inexistência de Deus é um fato científico sobre o universo, passível de ser descoberto por princípio, se não na prática." Dá para levar a sério? Para Dawkins, dá. Mas, sabedor de que isso não é verdade, ele sai pela tangente. Diz que o fato de que não se pode comprovar a existência de alguma coisa não coloca a existência e a inexistência dela em pé de igualdade: "Mesmo que a existência de Deus jamais seja comprovada ou descartada como certeza, as evidências existentes e o raciocínio podem criar uma estimativa de probabilidade que se afasta dos 50%." De novo, dá pra levar a sério? Dawkins leva.
E se esborracha, às vezes constrangedoramente.
No capítulo 3, por exemplo, o autor se dedica a questionar os clássicos argumentos de São Tomás de Aquino e Santo Anselmo de Canterbury que "provariam" a existência de Deus. O que ele não percebe, porém, é que ao refutar argumentos de que Deus existe não se atinge o objetivo de provar que Deus não existe. É um livro capenga. Fala de Deus, mas afirma que não precisou ler outros teólogos, diz que a vida deve ser estudada pela química, e se desculpa por não ser químico, levanta a hipótese ingênua de que Deus pode ser o equivalente aos amigos imaginários da infância, e se pergunta se a psicologia já testou essa hipótese.
O que mais incomoda é que Dawkins trata o crente mais "sofisticado" como se fosse, em essência, igual aos mais caricatos tele evangelistas ou aos talibãs ultrarradicais. Para quem não é nem uma coisa nem outra, o livro se torna enfadonho. Dawkins ridiculariza os fundamentalistas porque eles têm uma leitura literal de suas escrituras (se a Bíblia diz que Eva foi feita da costela de Adão, isso é verdade e ponto). Mas, quando ridiculariza as religiões abraãmicas, o que faz Dawkins senão fazer uma leitura unilateral da Bíblia e, a partir dela, criticar o quanto as escrituras são implausíveis e contraditórias? Neste ponto, não há como negar que se trata de um diálogo entre fundamentalistas. Ele nega: "Os teólogos, irritados, protestarão dizendo que não se interpreta mais o livro do Gênesis em termos literais. Mas é exatamente isso que estou dizendo! Escolhemos em que pedacinhos das Escrituras devemos acreditar, e quais pedacinhos descartar, por símbolos ou alegorias." Mas de onde Dawkins tirou a conclusão de que símbolos e alegorias devem ser descartados? Para muitos, acreditar que a história de Adão e Eva é uma alegoria da criação divina do homem não é descartar a crença de que a Humanidade proveio de Deus.
Ao confundir todo crente com os criacionistas, Dawkins passa páginas e páginas tentando provar o que não precisa mais de prova: que a "Teoria da Evolução de Darwin dá conta de como as espécies, entre elas o homem, chegaram a ser o que são. Para muitos que creem, a Evolução não é incompatível com a crença em Deus. Teólogos católicos, por exemplo, afirmam que é plenamente aceitável a possibilidade de que o Criador tenha usado a evolução como um instrumento. A dificuldade não está na Evolução, mas na origem da vida. E esta dificuldade é, até aqui, intransponível.
"A origem da vida só teve de acontecer uma vez. Portanto, podemos permitir que ela tenha sido um evento altamente improvável, muitas ordens de magnitude mais improvável que a maioria das pessoas imagina", admite, sem, porém, qualificar essa probabilidade. Os biólogos fizeram as contas. Para que a vida surgisse na Terra, foi preciso que, ao longo de bilhões de anos, um milhar de enzimas se aproximasse umas das outras, até que ocorresse a única ordenação entre elas capaz de gerar uma célula viva, uma probabilidade da ordem de 10 seguido de mil zeros contra um. Não, não se trata de uma chance em um trilhão, mas de uma chance contra 10 seguido de mil zeros, uma possibilidade praticamente nula.
Para desmerecer esses números, Dawkins cita outros. Pede que nós "suponhamos" que a vida seja algo tão improvável que só aconteça em apenas um entre 1 bilhão de planetas. Ele, então, conclui: como se estima que haja na nossa galáxia entre um bilhão e 30 bilhões de planetas, e como a estimativa é que haja 100 bilhões de galáxias, a vida teria surgido, ainda sim, em um bilhão de planetas. Note o truque: o número de planetas e galáxias é o referendado pela física, mas a afirmação de que a vida só acontece em apenas um entre um bilhão de planetas é apenas uma suposição dele, uma entre muitas. Dawkins esquece de relembrar isso ao leitor e, assim, a vida, mesmo raríssima, ganha um número vistoso, mas, até aqui, fantasioso: a vida existiria em um bilhão de planetas.
No livro, Dawkins, um biólogo a quem sempre admirei, repete quase integralmente conceitos que já apresentou em trabalhos anteriores ("O gene egoísta", "O relojoeiro cego"), em que procurou defender a ideia de que a ciência prescinde de Deus para explicar os fenômenos naturais. Isso é uma coisa. Outra, diversa, é tentar "provar" cientificamente que Deus não existe. O resultado não é ciência, não é teologia, é um somatório de argumentos que não levam a lugar algum.

Até onde estamos estimulando a sexualidade precoce e exacerbada em nossas crianças?

Até onde estamos estimulando a sexualidade precoce e exacerbada em nossas crianças?
O cuidado com a sexualização precoce
Com toda a avalanche mundial de notícias sobre PEDOFILIA, que já se tornou uma das maiores apreensões para pais, médicos, juristas, policiais, psicólogos e a Igreja como instituição diretamente envolvida, enfim, toda a sociedade, receber notícias como a que foi publicada ontem no site da BBC Brasil, merece muita reflexão. Vejamos:

Sexualização precoce?
A rede de lojas de roupas Primark retirou de suas prateleiras uma linha de sutiãs com enchimento para biquínis para meninas de até 7 anos depois de ser criticada por promover a "sexualização prematura" de menores. A empresa pediu desculpas aos clientes que tivessem se sentido ofendidos pelo produto e disse que vai doar os lucros obtidos com a venda do sutiã para uma organização beneficente em prol de crianças.
A diretora da organização Children's Society, Penny Nicholls, disse: "Nós apuramos em nossas pesquisas que as pressões comerciais para a sexualização prematura e a propaganda sem escrúpulos estão prejudicando as crianças." A rede Primark, conhecida por vender roupas a preços muito baixos, tem 138 lojas na Grã-Bretanha e 38 na República da Irlanda.

Até onde estamos estimulando a sexualidade precoce e exacerbada em nossas crianças? É óbvio que o crime independe da oferta de sexualidade e sim da mente doentia de quem o pratica. No entanto, os estímulos são nocivos a todos, especialmente para a criança, que passa a viver as expectativas e anseios de uma idade que não é a sua, deixando de usufruir da melhor parte, a infância, em todas as suas características tão marcantes da personalidade em formação. Na notícia acima foi pontual a atuação da Sra. Penny Nicholls, diretora da organização Children's Society. Porém sabemos que muitos pais não estão no mesmo nível de preocupação e, pior, estimulam a sexualidade precoce da criança, expõem seus filhos na mídia sem qualquer cautela. Retirar a infância de uma criança provoca danos psicológicos muitas vezes irreversíveis. Ocorre uma atribuição de valores e significados que a criança não está madura para assimilar e não tem condição de se defender das perspectivas enganosas em que está inserida.
Dody Fernandez

terça-feira, janeiro 18, 2011

O DILEMA: Ministério Pastoral ou Militância Politica?

O DILEMA: Ministério Pastoral ou Militância Politica?

O assunto é polêmico, não vou negar e estou falando aqui como cristã evangélica. A vontade de escrever este artigo surgiu do que vi ontem postado em Blogs pessoais ou não, todos de caráter evangélico. Também no Twitter a repercussão foi muito forte. Um Ministro do Evangelho ou Pastor de um rebanho é alguém que foi vocacionado para a função mais sublime: pregar a Palavra de Deus, levar a mensagem da salvação e da Graça aos que ainda não a conhecem e promover o crescimento espiritual e entendimento daqueles que já foram alcançados.
A obra de pregar o Evangelho a toda criatura é ordem divina, expressamente contida na Palavra. No entanto, profetizar, ou seja, pregar a palavra de nosso Deus requer cuidados essenciais. Profetizar nada tem a ver com "profetadas" ou verdadeiras heresias postas na mentes de pessoas boas, servos fiéis, mas que não possuem o discernimento de procurar na Palavra de Deus o fundamento de todas as mensagens que lhe são dirigidas. E vemos então, pessoas perplexas com algumas afirmações feitas em púlpitos, palestras, encontros de estudo, blogs ditos evangélicos, etc.
Sei que o homem é um animal político e tal condição é o exercício de sua cidadania. No entanto considero um equívoco lastimável a opção de um líder religioso, em plena atividade como Pastor, assumir causas especificamente políticas. São situações incompatíveis. O púlpito de uma Igreja jamais deve servir para campanhas políticas, com a presença ostensiva de candidatos a cargos eletivos. É uma dessacralização. Um ministro deve saber, mais do que qualquer membro de sua Igreja, que ele perde a representatividade de todo um grupo quando faz a apologia de um determinado partido político, de uma ideologia, de um ideário político. E isso se explica porque os grupos, mesmo dentro de uma mesma Igreja, são heterogêneos em suas opções políticas. Isso é liberdade individual!
Ora dirão alguns, mas o ministro é um ser humano, tem suas opções. Concordo plenamente, mas do momento em que se decidiu pela vida de pregador, despiu as roupas e as paixões do homem comum, em face de sua responsabilidade como líder. Ele deve decidir o que é mais importante para a sua vida. Se for a militância, licencie-se das atividades pastorais e assuma as consequências. Não pode é constranger pessoas e pior, ainda fazer propaganda de tais atitudes, seja ele de "direita" ou "esquerda". Os mais letrados dirão: mas nos EUA o Pr. Jesse Jackson tem uma luta pelos direitos sociais dos negros dentro do Partido Democrático. Argumento que não se sustenta dentro da realidade educacional brasileira. Cito Martin Luther King, que sempre soube separar as duas coisas.
Um esclarecimento é necessário: o engajamento em causas que visam à justiça social, apartidárias, é muito bem visto e isso deve ser feito dentro da própria Igreja, que não pode ser surda aos anseios daqueles que necessitam de amparo. O próximo, muitas vezes, está lá dentro da comunidade cristã esperando que alguém perceba as suas necessidades materiais. Não suporto ver Igrejas ou crentes que se calam diante das dificuldades de irmãos que estão passando por momentos de dificuldades e necessitam de ajuda não apenas espiritual. Todavia, um Pastor comparecer a reuniões de grupos sociais vinculados a partidos políticos e que cometem atos ilegais, contrários à Lei, é deplorável. E ainda expor isso em Blogs, conclamando os membros a aplaudi-lo e segui-lo em seus devaneios?
Como reagiria Jesus se hoje visitasse as nossas Igrejas? Transformar a Igreja em local de negócios é o mesmo que utilizar a Igreja para fins políticos ou as palavras de Jesus para defender posições pessoais, pois pretendemos pôr Deus ao nosso serviço, e isso é que Jesus condena veemente, pois não tolera que a relação de amor entre Deus e o homem se converta em negócio de interesses!
Temos hoje na internet inúmeros sites de dignos pregadores da Palavra de Deus, os quais exortam sobre as verdadeiras barbaridades que se tem falado em nome de Deus. Muitos são manipulados e entronizados num pseudoevangelho de meritocracia. E diante de tantas coisas que se escutam em praças, ruas, pontos de pregação, reuniões de oração, aulas de escolas bíblicas, sermões, pregações na mídia evangélica, democraticamente aberta a todas as denominações, em diversos momentos, ouvem-se afirmações que se contrapõem não somente entre si, em que se pese a autoridade humana que é atribuída ao emissor da mensagem, mas que deixam o crente mais atento à única Verdade – a Palavra de Deus – expressa na Bíblia Sagrada, completamente perplexo, atônito.
Essa perplexidade, é bom que se diga, tem um lado positivo: conduz imediatamente o crente mais experiente à consulta da Palavra Viva – A Bíblia, para dirimir quaisquer dúvidas. E na Palavra de Deus dissipa-se qualquer dúvida, desde que não queira o ser humano arrogar-se da Autoridade do Espírito Santo e pretender acrescentar o que não foi escrito ou interpretar fora ou além do contexto em que o Texto Sagrado foi escrito por homens divinamente inspirados pelo Espírito Santo.
Muito me preocupam as enfáticas afirmações sobre pessoas, comportamentos, ideias, opiniões etc. que são veiculadas a todo o momento por líderes evangélicos. Algumas beiram à insanidade. Como se não bastassem as leviandades gratuitas das quais os crentes fiéis, que procuram viver dentro dos parâmetros cristãos são alvo, as confrontações têm aumentado sobremaneira nos últimos trinta anos, com a expansão geométrica do número de evangélicos. Essa expansão ocorre mundialmente e, especialmente no nosso País, inclusive contrariando muitos interesses corporativos de alguns “negócios” consolidados pelo tempo, e em decorrência, temos uma ampla exposição e cobertura da mídia, a qual não é nem um pouco isenta ao pautar as notícias e envidar a sua propagação.
Eu fui evangelizada em uma Igreja onde a maioria dos membros eram pessoas esclarecidas e que não permitiam a subversão do Púlpito. Porém, pensem naquelas comunidades com irmãos na maioria de baixa renda, trabalhadores que não puderam ou não tiveram a oportunidade de uma educação básica de qualidade, pessoas mais suscetíveis a apelos de um líder espiritual, que não possuem o hábito da confrontação do que é dito com a Palavra de Deus. Não podem se tornar "massa de manobra" nas mãos de verdadeiros usurpadores de suas consciências.
Daí a necessidade de um extremo cuidado ou cautela com que as lideranças do meio evangélico devem se nortear, para que não separemos da Obra aqueles que ainda são “verdes” na sã doutrina e podem se confundir, conduzindo ao afastamento ou pior, à descrença total. Muito cuidado com as suas falas, não transformem o púlpito da Igreja num palanque político. Com certeza, nenhum seminarista teve em sua preparação esse tipo de estudo. Tudo isso é negócio, manipulação indevida daqueles que ali estão buscando a Palavra de Deus!
Marcos 11:15: "Chegando a Jerusalém, Jesus entrou no templo e ali começou a expulsar os que estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas"
Dódy Fernandez – 31/03/2010

segunda-feira, janeiro 17, 2011

A Graça de Deus

A Graça de Deus, que é um favor imerecido, desperta em nós a vontade de agradar ao Pai, a desejar ardentemente viver na ética do Rei. Não podemos ficar estáticos. Se o caminho é difícil, claro que é, há tantas barreiras, incompreensões, injustiças e falta de amor! Somos falhos, quantas vezes escravos das emoções e sensações humanas. Mas, com certeza, mesmo nas piores crises, nos momentos de deserto absoluto, a eterna lembrança e a realidade do Grande Encontro que mudou nossas vidas nos mantém alertas e conectados com a única Verdade que conhecemos!  E é tão bom ter a plena certeza que isso não depende de nenhum ser humano, de nenhum poder terreno, apenas e simplesmente da maravilhosa misericórdia de Deus!
Dody Fernández

Reflexão Diária

"Meus olhos estão sobre os fiéis da terra, para que habitem comigo;
o que anda no caminho da integridade, esse me servirá."
Salmo 101:6
Que Deus nos ajude nessa nossa busca diária, a perceber e sanear as nossas imperfeições, pois temos a consciência de que não podemos afirmar uma coisa e fazer outra completamente diferente na vida prática. Somos humanos, falhos, mas não temos o direito de ser irresponsáveis. Não há Cristianismo limpo sem cristão limpo e isso depende de Sua misericórdia! Ensina-me a seguir e administrar os dias! Que nossas vidas não envergonhem a Sua presença ao nosso lado!

Questionamento

A Fé jamais é incompatível com a vida! Quem diz isso não conhece a Graça, que nos é concedida gratuitamente por Deus, sem levar em consideração quaisquer méritos individuais. 
Praticar a Fé, viver com a Palavra, não nos isola do mundo, ao contrário, pois Jesus Cristo sempre nos exortou a amar os nossos semelhantes, sem qualquer distinção, sem nenhum preconceito, pois Ele jamais os teve. A Palavra é farta em exemplos.
A solidariedade, o companheirismo e a amizade não podem escolher direcionamentos, tudo é razão de integração e não de separação. Todos os seres humanos são passíveis de serem amados na sua essência, por mais difícil que seja esse exercício diante de nossas limitações humanas. Podemos dividir as alegrias em qualquer lugar sem compactuar com condutas impróprias. O Amor de Deus não nos autoriza a fazer julgamentos de impossibilidades. Semear a terra  árida é um processo de muita paciência e dedicação constantes. Mas não há alegria maior do que a colheita!
É difícil? Sim, é óbvio, mas quem pode, em sã consciência e segurança na doutrina estabelecer limites ao Evangelismo?
Dody Fernández
Publicado originalmente em 22 de fevereiro de 2010

ALGUMAS REFLEXÕES...

O Twitter, a despeito de muita bobagem escrita por quem não tem o que fazer, trouxe para mim, entre outras, uma experiência extraordinária: conhecer uma grande quantidade de blogs evangélicos, de várias denominações, alguns apenas se denominando cristãos ou apologéticos, escritos por pastores, bispos, teólogos, missionários ou cristãos-pensantes.

A cada link que percebo vou lá e confiro. E após muita leitura, salvando e guardando tudo em arquivos no meu computador, um tema destaca-se de forma relevante, com reiterados estudos, depoimentos, discussões – algumas até fora do padrão normal de educação e luta por ideias – e digo que este assunto sempre foi relevante em minha vida cristã, desde a minha conversão, aos trinta e três anos de idade.

Trata-se de todas as derivações que vêm do texto bíblico da Carta de Paulo aos Romanos 12:2: "Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.  

Ainda estou em fase de absorção de tudo que leio, refletindo sempre! Mas uma constatação inicial me deixou profundamente esperançosa: não há mais assuntos proibidos! Não há mais vestais que estão acima do bem e do mal. Realmente a Glória só a DEUS!
Dody Fernández
Publicada originalmente em 08 de fevereiro de 2010

Cada um é único!

A experiência do "grande encontro" com a Verdade é pessoal e intransferível, pode vir pelo amor, pela busca interior de uma razão de fé ou pela dor de uma angústia.
Não pode ser colocada à força, por ninguém, pois vem da Graça de Deus que nos franqueia o entendimento.
E ela liberta mesmo, pois o torna capaz de ter a Fé que edifica, que promove a reforma interior unida à razão e compreender como a humanidade e tantos líderes religiosos das mais variadas tendências se afastaram da única Verdade: JESUS!
Você se torna realmente livre de culpas passadas, medos, misticismo etc. porque CRISTO já nos resgatou na cruz do calvário, pelo Seu sangue derramado por nós, e as palavras Dele, a Nova Aliança, é que passam a ser nossa Lei!
E você comprova que o agir de DEUS em nossas vidas é sutil e plenamente perceptível se estivermos em comunhão de fé e prática!
Dody Fernández
Publicado originalmente em Sábado, 06 de fevereiro de 2010.

A Prática da Fé!

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”.
EFÉSIOS 2:8-1
A Fé é suficiente para a salvação, mas é preciso que o Amor ao próximo e a Misericórdia REALMENTE HABITEM EM NÓS E SEJAM PRÁTICA DIÁRIA EM NOSSAS VIDAS! 
Não consigo entender pessoas que se dizem cristãs e vendo o seu irmão ou o seu próximo em terrível dificuldade de vida e, tendo condições folgadas de socorrê-lo, começam a entoar aqueles famosos "mantras" que só fazem aumentar a amargura daquele que se encontra mal. É um tal de :" É querido, vou orar pelo irmão", " Vou levar o caso ao pastor", " Se você está passando por essa privação, veja bem, é porque deve estar em débito com Deus!", " Você está vivendo em pecado?".
Haja paciência e entendimento quando se está em privação e ainda ter que escutar tais coisas. Mas a ajuda prática, imediata, que sacia a fome, que lhe dá condição de tomar uma condução e sair de casa, que promove um esforço no sentido de ver se há alguma colocação para alguém que esteja desempregado, isso não acontece, com raras exceções.
Eu sei que a ORAÇÃO é o instrumento mais poderoso de comunicação com DEUS, longe de mim criticar tal conselho, o que estou argumentando transcende essa discussão. E também não se pode imputar ao pastor ou ao padre ou ao dirigente espiritual de uma igreja ou congregação todas as responsabilidades existenciais, além de suas enormes responsabilidades espirituais de conduzir o seu rebanho.
É óbvio que para a grande maioria das pessoas não é possível empreender uma ajuda material e não se pode exigir tirar de quem não tem, muito embora sejam essas pessoas as que melhor sabem dividir. Parece que dividir o pouco é bem mais fácil que doar o que excede.
Por tais razões admiro o verdadeiro trabalho de formiguinhas que muitos irmãos de fé realizam, sem alarde, visitando hospitais, asilos, orfanatos, prisões, indo a casa daqueles que não mais podem se locomover para prestar o seu culto nas igrejas. São trabalhos que não aparecem para o grande público das congregações, muitos o fazem até de forma anônima, destinando dias, horas, momentos de sua vida para orar com os enfermos e os desesperados, lá onde eles estão, pessoas que sequer já ouviram falar de JESUS.
Muitos de nós só percebemos a falta que faz o aconchego humano de nossos irmãos quando passamos a viver tais situações. Como é triste se sentir abandonado, não ouvir uma palavra de carinho, não receber visitas, sequer telefonemas ou até mesmo e-mails!

PRECISAMOS REFLETIR MUITO MAIS SOBRE A PRÁTICA DA FÉ!
Dody Fernández
Publicado originalmente em Sábado, 06 de fevereiro de 2010