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Cada um de nós observa o mundo diante de suas próprias perplexidades. E também de sua sensibilidade. O mundo me fascina e sou observadora cuidadosa e atenta. A poesia e a dor da realidade. A música e o silêncio que tanto servem para meditar como para ensurdecer os sentidos. Um pouco de mim, muito de todos nós, basta querer revelar, com enorme sutileza. Minhas leituras, meus sons, minhas impressões, tudo ofereço a vocês, se assim o quiserem. E tudo diante da soberania e da Graça de Deus!

quinta-feira, agosto 18, 2011

CHEGA DE COITADISMO… CHEGA DE BENÇOÍSMO…

CHEGA DE COITADISMO… CHEGA DE BENÇOÍSMO…

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 21.8.11

Tempos atrás escrevi a pastoral intitulada “Vender não pode, comprar pode”. Nela disse não entender por que vender drogas é crime, e comprá-las, não. O vendedor é criminoso e o comprador é um doente, um coitado. Sem apologizar drogas (é só ler a pastoral), perguntei se o vendedor não seria um farmacêutico vendendo o remédio necessário.
O psiquiatra e escritor inglês Anthony Daniels deu entrevista à “Veja”, sob o sugestivo título “Eles têm culpa, sim”. Ele critica a vitimização da pessoa que usa drogas. E defende a responsabilização dos viciados. São pessoas que fizeram opções. Ele chama os intelectuais que defendem a vitimização de “desonestos” (eu chamo de ingênuos), e diz algo que eu disse em vários artigos: a influência do Iluminismo e de Rousseau, falando sobre a bondade do homem: o homem é bom, puro, e a sociedade é que o corrompe.
Diz Daniels: “Não sou religioso, mas considero a visão cristã de que o homem nasce com o pecado original mais realista”. Se ele é religioso ou não, não vem ao caso. O que vem ao caso é que o cristianismo é lúcido, coerente e é a única visão de vida completa.
Boa parte do caos da sociedade é que as igrejas pararam de pregar sobre o pecado e chamar as pessoas ao arrependimento. É só bênção! Tudo para atrair as pessoas. Querem fidelizar clientes e não anunciar “todo o conselho de Deus” (At 20.27). Os homens precisam se arrepender de seus pecados. “Arrependei-vos e crede” foi  a pregação do Batista (Mt 3.2), de Jesus (Mt 4.17), e da igreja primitiva (At 2.38).
Pastores e igrejas que pregam bênçãos ao invés de pregarem o arrependimento dos pecados e a fé em Jesus estão indo contra a Bíblia, prejudicam os pecadores, e iludem-se a si mesmos. Estão mais preocupados consigo, com seus ministérios, inchando-os e tornando-se figurões, que com o destino final dos pecadores.  A maior necessidade do ser humano é de ser perdoado por Deus e acertar a vida com ele. “Não há paz para os ímpios”(Is 48.22).
A mesma revista publicou, tempos atrás, entrevista com o pensador Luiz Pondé. Inspirou-me a pastoral “Santos entre taças de vinho”. O filósofo, não cristão,  ressaltou o valor da doutrina cristã do pecado e da presença do mal na vida das pessoas. É curioso que não cristãos estejam vendo o que igrejas e pastores não veem: é preciso advertir as pessoas sobre o pecado e sobre o poder do mal. Quando homens sem Deus têm mais lucidez espiritual que os homens de Deus, estes precisam consertar seus passos.
Chega de coitadismo! O homem é pecador e é responsável por sua vida. E chega de bençoísmo! A mensagem que a igreja deve pregar é a de chamar as pessoas a se reconciliarem com Deus!

2 comentários:

  1. É engraçado que li esse texto meio "agitada", empolgada, acho que de tanto que concordo com ele.
    Parabéns pela escolha do artigo!
    Bjoo

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  2. Querida, os textos do Pr. Isaltino são sempre excepcionais. Bjs

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